sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Legião Urbana

Legião Urbana

Metal Contra As Nuvens

Não sou escravo de ninguémNinguém, senhor do meu domínio!Sei o que devo defenderE por valor eu tenhoE temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguasPor entre abismos e florestasPor Deus nunca me vi tão É a própria  o que destróiEstes são dias desleais
Eu sou metalRaio, relâmpago e trovãoEu sou metalEu sou o ouro em seu brasãoEu sou metalQuem sabe o sopro do dragão
Reconheço meu pesarQuando tudo é traiçãoO que venho encontrarÉ a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minhaE sempre seráMinha terraTem a lua, tem estrelasE sempre terá
Quase acreditei na tua promessaE o que vejo é fome e destruiçãoPerdi a minha sela e a minha espadaPerdi o meu castelo e minha princesa
Quase acreditei, quase acrediteiE, por honra, se existir verdadeExistem os tolos e existe o ladrãoE  quem se alimente do que é roubo.Mas vou guardar o meu tesouroCaso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão (4x)
É a verdade o que assombra
O descaso que condenaA estupidez o que destróiEu vejo tudo que se foiE o que não existe mais
Tenho os sentidos  dormentesO corpo quer, a alma entendeEsta é a terra-de-ninguémSei que devo resistirEu quero a espada em minhas mãos
Eu sou metal: raio, relâmpago e trovãoEu sou metal: eu sou o ouro em seu brasãoEu sou metal: quem sabe o sopro do dragão
Não me entrego sem lutarTenho ainda coraçãoNão aprendi a me renderQue caia o inimigo então
Tudo passaTudo passará (3x)
E nossa históriaNão estaráPelo avesso assimSem final felizTeremos coisas bonitas pra contarE até Vamos viverTemos muito ainda por fazerNão olhe pra trásApenas começamosO mundo começa agora, ahh!Apenas começamos.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Uma noite em 67 - Completo

Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando e ca...

Elis Regina - Como Nossos Pais

Águas de Março

Tom Jobim

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumueira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, caminho
Resto, toco, pouco, sozinho
Caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

Águas de Março - Tom Jobim e Elis Regina no Fantástico

sábado, 6 de julho de 2013

Situação de aprendizagem

Construção de uma situação de aprendizagem  para explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura
Texto: Meu primeiro beijo – Antonio Barreto
Objetivos:
Desenvolver e ampliar as competências leitoras.
Público-alvo:
Alunos da 5ª série ou 6º ano.
Habilidades:
·         Falar e ouvir (alteridade);
·         Ler, compreender, analisar e interpretar;
·         Inferir traços característicos do gênero, finalidades e usos sociais;
·         Deduzir e criar hipóteses.
Número de aulas previstas
6 aulas
ESTRATÉGIA 1:

Ativação de conhecimentos de mundo; antecipação ou predição; checagem de hipóteses
Desvendar um enigma;
O que poderemos esperar de um texto com esse título?
Estratégia 2:

Localização de informações; comparação de informações e generalizações:
A cada novo parágrafo localização de informações novas.
Estratégia 3:

Produção de inferências locais; produção de inferências globais:
Locais : temas das disciplinas de química e biologia;
Os apelidos do menino tem relação com o assunto do texto;
O que é cultura inútil nesse contexto?  Quem vai dar o primeiro beijo se interessa por esses dados científicos? Em quais contextos  sociais esse conhecimento é imprescindível?
Globais:  Você já deu seu primeiro beijo? Como foi?
               Conhece outros textos com esse tema?
Estratégia 4

Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade de leitura
Função do gênero crônica;
Autor : Antônio Barreto e título do livro que foi extraído o texto: Balada do primeiro amor;
Ano de publicação;
Como era o primeiro beijo quando o autor produziu o texto e como é visto hoje?
Estratégia 5:

Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade
Inserir hipóteses;
Leitura na íntegra;
Compreensão textual;
Conhecimento prévio.

Estratégia 6:

Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas/e ou afetivas; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos
Como o primeiro beijo é visto hoje?
Como as pessoas se comunicam hoje, só utilizam telefone?
No texto, várias semanas apaixonados – hoje é assim?
Hoje o termo é “ficar” – ficar denota afetividade?
Professora Juliana Evaristo Paschoal

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Meu Primeiro Beijo
Antonio Barreto

     É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
     Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
     "Você é a glicose do meu metabolismo.
     Te amo muito!
     Paracelso"
     E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher... E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
     No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
     - Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
     Mas ele continuou:
     - Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
     - A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
     Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns 
segundos.
     E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
     Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por várias semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.

Situação de Aprendizagem:

Público alvo: 9⁰ Ano (8ª série)
Aulas Previstas: 06
Objetivo da Atividade: Despertar valores éticos e morais em função da diversidade cultural em torno do assunto bem como o respeito para com essa diferença.

Texto: “Meu Primeiro Beijo” – Antônio Barreto

1) Roda de Conversa.
(Através de questionamentos feito pelo professor será possível ativar o conhecimento de mundo dos alunos em relação à questão do primeiro beijo antecipando a temática do texto).
a) O que é o amor?
b) Qual a diferença entre o amor filia e o amor Eros? Explicando para o aluno o que é cada um desses amores.
c) Quais os diferentes tipos de beijos que os alunos conhecem?
d) Qual a sensação da expectativa de dar o primeiro beijo?
e) Qual a sensação do primeiro beijo?
f) Quando, como e onde deveria acontecer o primeiro beijo?
g) Com quem deveria acontecer o primeiro beijo?

Após essa discussão será feita a leitura do texto pelo professor (dramatizando).

2) Interpretação textual:
a) Segundo a temática do texto, alguém dará seu primeiro beijo? Comprove com um pequeno trecho do texto com quem isso acontecerá?
b) Onde acontece o primeiro beijo?
O que acha sobre intimidades em locais públicos?
c) Descreva o momento do beijo?
d) As expressões “o culta” e “o bacteriante falante” refere-se a quem?

3) Trabalhando os Elementos da Narrativa:
1) Identifique no texto os seguintes elementos da narrativa: 
a) as personagens -
b) o foco narrativo -
c) o espaço -

2) Não há como dizer quando esta história aconteceu, mas através do texto podemos saber durante quanto tempo o conflito se estendeu até o seu desfecho. Determine este tempo.

3) Qual é o conflito da narrativa?

4) Qual o momento de maior tensão (clímax) da narrativa?

5) O desfecho da narrativa acontece conforme o esperado pela menina? Qual é este desfecho? Justifique:

4) Pesquisa: “Os diversos tipos de beijos”, “Beijo em outras culturas”
Dividir a sala em grupos a fim de que cada grupo pesquise a situação do beijo em culturas diferentes. Essa pesquisa será lançada no final da atividade 2 (final da aula) como material para amostragem na aula posterior.
Compartilhar em sala o conteúdo das pesquisas.

5) Retomada dos elementos da narrativa (especificamente o foco narrativo). Destacar para o aluno o impacto da descrição dos sentimentos e sensações quando narrado em 1ª pessoa ou 3ª pessoa.
Figuras de linguagem.
Veículo de Produção.

6) Contextualizar com a música “Eduardo e Mônica – Legião Urbana” que fala sobre o relacionamento e o amor. Também com o filme "Nunca fui beijada" - 1999, mostrando que um beijo ou um relacionamento não tem que acontecer cedo na vida e que aconter mais tarde na vida também é comum.

7) Interagindo com o conteúdo pragmático da apostila de Língua Portuguesa – volume 2, finalizaríamos o assunto com o texto: “Atitudes que os pais devem adotar no tema das relações entre moças e rapazes.”, onde seriam trabalhados os valores através de questões éticas e morais.

domingo, 16 de junho de 2013


Situação de aprendizagem

Texto – Pausa . Moacyr Scliar

Justificativa:
               O Gênero textual que será explanado é o Conto. Procuraremos extrair o conhecimento de mundo e, depois destacaremos as características de um texto narrativo. Esperamos que, ao final desta situação de aprendizagem, que os alunos venham a ler mais este tipo de Gênero textual – Conto, pois são textos curtos e que podem ampliar o conhecimento, a cultura e o vocabulário.

Objetivo:            
·        Entender os elementos que constituem um texto narrativo.
·        Reconhecer os aspectos gramaticais (Coesão) presentes num texto narrativo.


Público Alvo
               8ª.série /9º.ano
Tempo de aula
               A situação de aprendizagem será dividida em duas partes:
               2  aulas – Serão destinadas para a Leitura e a compreensão do texto.
               2 aulas – Serão destinadas para levantar os elementos que constituem o texto narrativo como:   Tipo de narrador, Personagens, Espaço, Tempo, Clímax. ( O quê, quando, onde, com quem, por que, como), Desfecho.
   2 aulas - Os pronomes, os verbos e outros que inserem um texto narrativo.
   [ O tempo de aula poderá ser alterado. Se for necessário, serão acrescentadas 2 ou mais aulas, depende de como os alunos estarão recebendo esta aprendizagem.]

Etapas
·        Leitura para conhecer o texto e logo em seguida uma segunda leitura para fazer um levantamento sobre o conhecimento prévio, hipóteses.
·        Localizar as informações importantes no texto, fazendo comparações com outros tipos de textos, filmes e outros gêneros textuais.
·        Fazer um levantamento lexical para ampliar o conhecimento vocabular do aluno, fazendo com que ele tenha entendimento através do contexto. Fazer inferências que ensinam a compreender o que está implícito ou explícito.
·        Mostrar que uma leitura com aprofundamento, traz um enriquecimento cultural. Faz com que sensações venham aflorar.


Referência Bibliográfica;
Koch, Ingedore Villaça & Elias, Vanda Maria. 2012. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 2 ed., 1ª. Reimpressão-São Paulo: Contexto.
Russo, Antônio Ricardo. 2011. Interpretação de texto. 3ª .ed.
Porto Alegre, RS: Artes e Ofícios. 2011